Tecnologia, capacitação e união fortalecem a citricultura no sul de Sergipe

Com foco na produção de mudas cítricas de alta qualidade, citricultores dos municípios de Estância, Santa Luzia, Indiaroba, Umbaúba, Cristinápolis e Tomar do Geru participaram de um minicurso técnico promovido na sede da Sergipe Citrus, em Umbaúba. A iniciativa reuniu 36 produtores e reforçou a importância do conhecimento aplicado como ferramenta para o desenvolvimento sustentável da citricultura nordestina.

O evento foi fruto da parceria entre a Sergipe Citrus, o Programa de Desenvolvimento Territorial (PRODETER) do Banco do Nordeste e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Umbaúba. Juntos, os parceiros viabilizaram um momento de troca de saberes, atualização tecnológica e fortalecimento das cadeias produtivas locais.
Conteúdo técnico e aplicação prática
Dois temas centrais nortearam o encontro:
Produção Tecnológica de Mudas Cítricas – Porta-Enxertos e Copas Ideais para Resistência e Produtividade, ministrado por Joel S. Araújo;
Produção de Mudas Certificadas como Forma de Blindar a Citricultura Nordestina, apresentado por Jéssica N. Araújo.
Foram demonstradas 29 combinações entre porta-enxertos e copas, incluindo variedades como Citrandarin Índio, Riverside, San Diego, Laranja Lima Sukkari, Bahia CNPMF 101, Valência e Persa 58. Também foram abordadas técnicas para produção de mudas certificadas e rastreáveis, além de estratégias de combate ao greening (HLB), uma das principais ameaças à citricultura.
Outro ponto de destaque foi a discussão sobre a criação de bancos próprios de sementes e viveiros regionais, medida considerada fundamental para garantir autonomia, segurança fitossanitária e eficiência produtiva.
Engajamento e próximos passos
O encontro despertou grande interesse entre os participantes, gerando a proposta de novos ciclos formativos, incluindo um curso prático de enxertia. A adesão ao tema reforça a consciência crescente sobre a necessidade de produzir mudas certificadas, como estratégia para elevar a produtividade e reduzir a dependência externa.
Com tecnologia, cooperação e conhecimento técnico no campo, a citricultura nordestina caminha com passos firmes rumo a um futuro mais resiliente, moderno e sustentável.
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